terça-feira, 30 de outubro de 2012

Anorexia

Como é o paciente com anorexia?
O paciente anorético só se destaca pelo seu baixo peso. Isto significa que no seu próprio ambiente as pessoas não notam que um determinado colega está doente, pelo seu comportamento. Mas se forem juntos ao restaurante ficará evidente que algo está errado. O paciente com anorexia não considera seu comportamento errado, até recusa-se a ir ao especialista ou tomar medicações. Como não se considera doente é capaz de falar desembaraçadamente e convictamente para os amigos, colegas e familiares que deve perder peso apesar de sua magreza. No começo as pessoas podem até achar que é uma brincadeira, mas a contínua perda de peso apesar da insistência dos outros em convencer o paciente do contrário, faz soar o alarme. Aí os parentes se assustam e recorrem ao profissional da saúde mental.
Os pacientes com anorexia podem desenvolver um paladar estranho ou estabelecer rituais para a alimentação. Algumas vezes podem ser flagrados comendo escondidos. Isto não invalida necessariamente o diagnóstico embora seja uma atitude suspeita.
Depois de recuperado o próprio paciente, já com seu peso restabelecido e com a recordação de tudo que se passou não sabe explicar porque insistia em perder peso. Na maioria das vezes prefere não tocar no assunto, mas o fato é que nem ele mesmo concorda com a conduta insistente de emagrecer. Essa constatação no entanto não garante que o episódio não volte a acontecer. Depois de recuperados esses pacientes retornam a sua rotina podendo inclusive ficar acima do peso.
Há dois tipos de pacientes com anorexia. Aqueles que restringem a alimentação e emagrecem e aqueles que têm episódios denominados binge. Nesses episódios os pacientes comem descontroladamente até não agüetarem mais e depois vomitam o que comeram. Às vezes a quantidade ingerida foi tão grande que nem é necessário induzir o próprio vômito: o próprio corpo se encarrega de eliminar o conteúdo gástrico. Há casos raros de pacientes que rompem o estômago de tanto comerem.

Qual o curso dessa patologia?
A idade média em que surge o problema são 17 anos. Encontramos muitos primeiros episódios entre os 14 e os 18 anos. Dificilmente começa depois dos 40 anos. Muitas vezes eventos negativos da vida da pessoa desencadeiam a anorexia, como perda de emprego, mudança de cidade, etc. Não podemos afirmar que os eventos negativos causem a doença, no máximo só podemos dizer que o precipitam. Muitos pacientes têm apenas um único episódio de anorexia na vida, outros apresentam mais do que isso. Não temos por enquanto meios de saber se o problema voltará ou não para cada paciente: sua recidiva é imprevisível. Alguns podem passar anos em anorexia, numa forma que não seja incompatível com a vida mas também sem restabelecer o peso ideal. Mantendo-se inclusive a auto-imagem distorcida. A internação para a reposição de nutrientes é recomendada quando os pacientes atingem um nível crítico de risco para a própria saúde.

Sobre quem a anorexia costuma incidir?
As mulheres são largamente mais acometidas pela anorexia, entre 90 e 95% dos casos são mulheres. A faixa etária mais comum é a dos adultos jovens e adolescentes podendo atingir até a infância, o que é bem menos comum. A anorexia é especialmente mais grave na fase de crescimento porque pode comprometer o ganho esperado para a pessoa, resultando numa estatura menor do que a que seria alcançada caso não houvesse anorexia. Na fase de crescimento há uma necessidade maior de ganho calórico: se isso não é obtido a pessoa cresce menos do que cresceria com a alimentação normal. Caso o episódio dure poucos meses o crescimento pode ser compensado. Sendo muito prolongado impedirá o alcance da altura geneticamente determinada. Na população geral a anorexia atinge aproximadamente 0,5%, mas suspeita-se que nos últimos anos o número de casos de anorexia venha aumentando. Ainda é cedo para se afirmar que isto se deva ao modelo de mulher magra como o mais atraente, divulgado pela mídia, esta hipótese está sendo extensivamente pesquisada. Para se confirmar se a incidência está crescendo são necessários anos de estudo e acompanhamento da incidência, o que significa um procedimento caro e demorado. Só depois de se confirmar que o índice de anorexia está aumentando é que se poderá pesquisar as possíveis causas envolvidas. Até bem pouco tempo acreditava-se que a anorexia acontecia mais nas sociedades industrializadas. Na verdade houve falta de estudos nas sociedades em desenvolvimento. Os primeiros estudos nesse sentido começaram a ser feitos recentemente e constatou-se que a anorexia está presente também nas populações desfavorecidas e isoladas das propagandas do corpo
magro.
Tratamento
O tratamento da anorexia continua sendo difícil. Não há medicamentos específicos que restabeleçam a correta percepção da imagem corporal ou desejo de perder peso. Por enquanto as medicações têm sido paliativos. As mais recomendadas são os antidepressivos tricíclicos (possuem como efeito colateral o ganho de peso). Os antidepressivos inibidores da recaptação da serotonina têm sido estudados mas devem ser usados com cuidado uma vez que podem contribuir com a redução do apetite. É bom ressaltar que os pacientes com anorexia têm o apetite normal, ou seja, sentem a mesma fome que qualquer pessoa. O problema é que apesar da fome se recusam a comer. As psicoterapias podem e devem ser usadas, tanto individuais como em grupo ou em família.A indicação dependerá do profissional responsável. Por enquanto não há uma técnica especialmente eficaz. Forçar a alimentação não deve ser feita de forma rotineira. Só quando o nível de desnutrição é ameaçador. Forçar alimentação significa internar o paciente e fornecer alimentos líquidos através de sonda naso-gástrica. Geralmente quando se chega a isso torna-se necessário também conter (amarrar) o paciente no leito para que ele não retire a sonda.

Sintomas de Anorexia

Para ser diagnosticada com anorexia, uma pessoa deve:
  • Ter medo enorme de ganhar peso ou ficar gorda, mesmo quando estiver abaixo do peso normal
  • Recusar-se a manter o peso no que é considerado normal ou aceitável para sua idade e altura (15% ou mais abaixo do peso normal)
  • Ter uma imagem corporal muito distorcida, ser muito focada no peso ou na forma corporal e se recusar a admitir a gravidade da perda de peso
  • Não ter menstruado por três ou mais ciclos (em mulheres)
As pessoas com anorexia podem limitar gravemente a quantidade de comida que ingerem e depois provocar vômitos. Outros comportamentos incluem:
  • Cortar a comida em pequenos pedaços ou movêlos no prato em vez de comêlos
  • Exercitar-se o tempo todo, mesmo quando o tempo estiver ruim, quando estiver machucada ou ocupada
  • Ir ao banheiro imediatamente após as refeições
  • Recusar-se a comer perto de outras pessoas
  • Usar comprimidos para urinar (diuréticos), evacuar (enemas e laxantes) ou reduzir o apetite (comprimidos para perda de peso)
Outros sintomas de anorexia podem incluir:
  • Pele manchada ou amarelada, seca e coberta por pelos finos
  • Pensamento confuso ou lento, junto com memória ou julgamento deficientes
  • Depressão
  • Boca seca
  • Extrema sensibilidade ao frio (vestir várias camadas de roupas para ficar aquecido)
  • Perda de resistência óssea
  • Desgaste dos músculos e perda de gordura corporal.

Causas

As causas exatas da anorexia nervosa são desconhecidas. Vários fatores provavelmente estão envolvidos. Os genes e os hormônios podem desempenhar um papel no seu desenvolvimento. Atitudes sociais que promovem tipos de corpos muito magros também podem estar envolvidas.
Não existe mais a ideia de que conflitos familiares contribuem para esse ou outros distúrbios alimentares.
Os fatores de risco para a anorexia incluem:
  • A anorexia geralmente tem início durante a adolescência ou no início da fase adulta. É mais comum em mulheres, mas também pode ser vista em homens. O distúrbio é observado principalmente em mulheres brancas com escolaridade alta e que têm família ou personalidade focadas em objetivos.Busca pela perfeição ou foco exagerado em regras
  • Ser muito preocupado ou dar muita atenção ao peso e à forma
  • Problemas de alimentação quando bebê ou na primeira infância
  • Determinadas ideias sociais ou culturais sobre saúde e beleza
  • Autoimagem negativa
  • Transtorno de ansiedade quando criança

Bullying

O Bullying, é um termo utilizado para descrever atos de violências físicas ou psicológica, intencionais e repetidos, praticado por um indivíduo ou grupos de indivíduos causando dor e angustia, sendo executadas dentro de uma relação desigual de poder. 
Em 20% dos casos as pessoas são simultaneamente vítimas e agressoras de bullying, ou seja, em determinados momentos cometem agressões, porém também são vítimas de assedio escolar pela a turma. Nas escolas, a maioria dos atos de bullying ocorre fora da visão dos adultos e grande parte das vítimas não reage ou fala sobre agressões sofridas. 

Bullying Professor-Aluno
O assédio escolar pode ser praticado de um professor para um aluno. As técnica mais comuns são:

  • intimidar o aluno em voz alta rebaixando-o perante a classe e ofendendo sua autoestima. Uma forma mais cruel e severa é manipular a classe contra um único aluno o expondo a humilhação;
  • assumir um critério mais rigoroso na correção de provas com o aluno e não com os demais. Alguns professores podem perseguir alunos com notas baixas;
  • ameaçar o aluno de reprovação;
  • negar ao aluno o direito de ir ao banheiro ou beber água, expondo-o a tortura psicológica;
  • difamar o aluno no conselho de professores, aos coordenadores e acusá-lo de atos que não cometeu;
  • tortura física, mais comum em crianças pequenas; puxões de orelha, tapas e cascudos.
Tais atos violam o estudo da criança e do adolescente e podem ser denunciados em boletim de ocorrências numa delegacia ou num ministério público. A revisão de provas podem ser requerida ao pedagogo ou coordenador e, em caso de recusa, por medida judicial. Em escolas, o assédio escolar geralmente ocorre em áreas com supervisão adulta mínima ou inexistente. Ele pode acontecer em praticamente qualquer parte, dentro ou fora do prédio da escola.Alguns sinais são comuns como a recusa da criança de ir à escola ao alegar sintomas como dor de barriga ou apresentar irritação, nervosismo ou tristeza anormais.O assédio escolar em locais de trabalho (algumas vezes chamado de Assédio escolar Adulto) é descrito pelo Congresso Sindical do Reino Unido como:
"Um problema sério que muito frequentemente as pessoas pensam que seja apenas um problema ocasional entre indivíduos. Mas o assédio escolar é mais do que um ataque ocasional de raiva ou briga. É uma intimidação regular e persistente que solapa a integridade e confiança da vítima do bully. E é frequentemente aceita ou mesmo encorajada como parte da cultura da organização"
Entre vizinhos o assédio escolar normalmente toma a forma de intimidação por comportamento inconveniente, tais como barulho excessivo para perturbar o sono e os padrões de vida normais ou fazer queixa às autoridades (tais como a polícia) por incidentes menores ou forjados. O propósito desta forma de comportamento é fazer com que a vítima fique tão desconfortável que acabe por se mudar da propriedade. Nem todo comportamento inconveniente pode ser caracterizado como assédio escolar: a falta de sensibilidade pode ser uma explicação.
O assédio escolar entre países ocorre quando um país decide impôr sua vontade a outro. Isto é feito, normalmente, com o uso de força militar, a ameaça de que ajuda e doações não serão entregues a um país menor ou não permitir que o país menor se associe a uma organização de comércio. 
Enfim, em muitos casos podem ocorrer o Bullying. Se você passar por isso, denuncie, faz um boletim de ocorrência ou vai num ministério público.. 
  
O Bullying, é Crime !